Mario Sergio Cortella

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MAIS GOVERNO MENOS SALARIO

Num otimo artigo do mises.org.br (como sempre) declara que os salarios do setor privado estão estagnados desde 2002 . … Dai vcs veem a imcompetencia da oposição não jogar isso na campanha politica.(outra eas 14 universidades so de papel) Alguns trechos … O rendimento médio real dos trabalhadores do setor privado com carteira assinada está atualmente em um nível menor que o de agosto de 2002! …. http://bit.ly/aREMhw esta tabela fornecida pelo IBGE mostra os dados. …. Isso explica o aumento do número de postos de trabalho com carteira assinada. Os salários reais estão estagnados há oito anos, o que de fato estimula a demanda por mão de obra e, consequentemente, o emprego. ….. Ao contrário do que ativistas políticos pensam, a prosperidade não pode ser obtida por meio de discursos demagógicos e de ataques à imprensa. Um alto padrão de vida só pode ser obtido por meio de um aumento da PRODUÇÃO. Apenas quando há uma abundância de bens e serviços — cuja grande oferta faz com que seus preços sejam baixos —, é que o padrão de vida será maior. …. A política fiscal do governo — de gastos crescentes, déficits constantes, alta carga tributária e inúmeros encargos sociais e trabalhistas — simplesmente impediu qualquer progresso no valor real dos trabalhadores do setor privado. E isso de acordo com os dados do próprio IBGE. …. A única coisa que a inflação e o crédito fazem é provocar uma realocação de recursos, favorecendo aqueles que recebem esse dinheiro antes de todo o resto da população, e prejudicando aqueles que recebem esse dinheiro por último(aumentando a desigualdade social). Durante esse período de realocação dos fatores de produção dentro da economia —período esse que estamos vivendo agora e que é confundido com crescimento econômico genuíno —, as pessoas erroneamente creem que estão vivendo um período de bonança, quando na verdade estão vivendo um período de desperdício de recursos. Bens de capital estão sendo empregados em projetos que serão insustentáveis no longo prazo. …… MAIS GOVERNO MENOS SALARIO.

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o futuro do brasil se dilma vencer

Os videos monstram o que acontece quando um governo socialista, popular, esquerdista , nacionalista , ou para o brasil seguir mudando ,ou  qualquer o nome da criatura toma o poder.

Vc vai pensar e exagero isso nunca vai acontecer , eo que querem que vc pense ,ja aconteceu diversas vezes na historia da humanidade. Quer se iludir blz so não chorre depois.

A venezuela era exportador de alimentos , no video acima eo estado “roubando”de um comerciante  com intuito de “dar a coletividade produtos de primeira necessidade”.

Veja o grau de intervencionismo que chegaram.

o governo declara neste video que a culpa do desabastecimento e dos expeculadores

“Acaparamiento para desestabilizar el proceso revolucionario”a culpa não e do governo

Aqui a culpa e da midia do “pig”tb

“Aquí están las empresas recuperadas soberanas”

expropiaciones “nos somos gente trabalhadora ……”

denuncie o expeculador que nós interditamos(intervirmo)qualuqer negocio de qualquer tamanho.

“Estamos Obstinados – Chavez Eres Una Mierda Largate”

“Mientras más expropiaciones más importaciones”

Pergunto que seu candidato pensa sobre isso ele apoia ?ele vai fazer algo sobre?.

(os videos eu baixei então não perca tempo em pedir pra retirar)

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Por que o brasileiro vota na esquerda

Olavo de Carvalho

Se no Brasil ocorre esse fenômeno aberrante de um eleitorado conservador votar maciçamente em candidatos de esquerda, o motivo da contradição aparente é claríssimo e se compõe da confluência de três fatores.

Desde logo, o conservadorismo não tem canais partidários ou culturais de expressão e se tornou politicamente nulo. Não há políticos conservadores: ninguém pode votar em candidatos inexistentes.

De outro lado, o esquerdismo usa uma linguagem nas suas discussões internas, outra para falar com o povo, e só na primeira delas assume sua verdadeira identidade ideológica. Na outra ele dilui sua imagem em generalidades moralistas, nacionalistas e populistas. É um discurso maliciosamente escorregadio, que evita o jargão marxista e impede o povo de identificar a esquerda brasileira com a revolução neocomunista continental. Até observadores estrangeiros qualificados, mas que desconhecem os documentos internos do PT e do Foro de São Paulo, como por exemplo Álvaro Vargas Llosa, Otto Reich e o próprio subsecretário Tom Shannon, se deixaram enganar por essa falsa aparência, imaginando o esquerdismo brasileiro como populista em vez de comunista. A população local, é claro, cai no engodo ainda mais facilmente. Mesmo entre pessoas letradas é comum a reação: “Lula, comunista? Você está doido.” O próprio Lula pôde dizer, sem que ninguém o contestasse, que não apenas nunca foi comunista como não é nem mesmo esquerdista. Essa declaração seria considerada cínica, inaceitável e até criminosa se a platéia não ignorasse que o declarante foi fundador e presidente da maior organização pró-comunista do continente. <!– D(["mb","

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Em terceiro lugar, o sucesso de quarenta \nanos de “revolução cultural” gramsciana foi tão avassalador dada a completa \nfalta de resistência , que os valores, critérios e até cacoetes mentais do \nmovimento comunista internacional se incorporaram no “senso comum” brasileiro e \njá não são reconhecidos como tais: são aceitos passivamente pela sociedade, sem \nconsciência de suas implicações ideológicas. \n

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Somem esses três fatores e compreenderão por \nque um povo conservador vota em candidatos comunistas: ele não sabe que são \ncomunistas, não sabe o que há um movimento comunista ativíssimo no continente \nnão tem a menor idéia das conseqüências do seu voto. As eleições brasileiras são \numa farsa no sentido mais exato e integral do \ntermo.

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Não havendo partidos ou políticos de direita \nno Brasil, toda a confrontação direita-esquerda que se vê atualmente é uma obra \nde engenharia social criada pela própria esquerda com três objetivos: (1) \nocultar sua hegemonia e seu poder monopolístico sob uma aparência de disputa \ndemocrática normal; (2) neutralizar quaisquer tendências direitistas, \ncanalizando-as para uma direita pré-fabricada, a “direita da esquerda”, o que se \nobservou muito claramente nas duas campanhas eleitorais de Fernando Henrique \nCardoso, um marxista gramsciano que foi alegremente aceito como depositário \n(infiel, é óbvio) da confiança do eleitorado direitista; (3) dominar todo o \nespaço político por meio do jogo de duas correntes partidárias fiéis ao mesmo \nesquema ideológico, só separadas pela disputa de cargos, como aliás o reconheram \nexplicitamente o próprio Fernando Henrique e o prof. Christovam Buarque, então \num dos mentores do PT. Essas três linhas de ação definem exatamente o que Lênin \nchamava “estratégia das tesouras”, termo inspirado na idéia de cortar com duas \nlâminas. “,1] ); //–>

Em terceiro lugar, o sucesso de quarenta anos de “revolução cultural” gramsciana foi tão avassalador — dada a completa falta de resistência –, que os valores, critérios e até cacoetes mentais do movimento comunista internacional se incorporaram no “senso comum” brasileiro e já não são reconhecidos como tais: são aceitos passivamente pela sociedade, sem consciência de suas implicações ideológicas.

Somem esses três fatores e compreenderão por que um povo conservador vota em candidatos comunistas: ele não sabe que são comunistas, não sabe o que há um movimento comunista ativíssimo no continente não tem a menor idéia das conseqüências do seu voto. As eleições brasileiras são uma farsa no sentido mais exato e integral do termo.

Não havendo partidos ou políticos de direita no Brasil, toda a confrontação direita-esquerda que se vê atualmente é uma obra de engenharia social criada pela própria esquerda com três objetivos: (1) ocultar sua hegemonia e seu poder monopolístico sob uma aparência de disputa democrática normal; (2) neutralizar quaisquer tendências direitistas, canalizando-as para uma direita pré-fabricada, a “direita da esquerda”, o que se observou muito claramente nas duas campanhas eleitorais de Fernando Henrique Cardoso, um marxista gramsciano que foi alegremente aceito como depositário (infiel, é óbvio) da confiança do eleitorado direitista; (3) dominar todo o espaço político por meio do jogo de duas correntes partidárias fiéis ao mesmo esquema ideológico, só separadas pela disputa de cargos, como aliás o reconheram explicitamente o próprio Fernando Henrique e o prof. Christovam Buarque, então um dos mentores do PT. Essas três linhas de ação definem exatamente o que Lênin chamava “estratégia das tesouras”, termo inspirado na idéia de cortar com duas lâminas. <!– D(["mb","

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O PFL poderia ser um partido de direita, \nmas, como só quer cargos e não tem nenhuma perspectiva de poder, consentiu em \ntornar-se uma filial do PSDB. O PMDB é esquerdista desde a origem e está repleto \nde comunistas. O PSDB, a “direita da esquerda”, é a boca de funil para onde \nconverge o que possa restar de direitismo hipotético nesses outros partidos. Tal \ncomo o PT, esse partido nasceu na USP, e sua única função no conjunto da \nestratégia comunista uspiana é impedir que os descontentes com o PT acabem se \naglutinando numa direita genuína.

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O PFL poderia ser um partido de direita, mas, como só quer cargos e não tem nenhuma perspectiva de poder, consentiu em tornar-se uma filial do PSDB. O PMDB é esquerdista desde a origem e está repleto de comunistas. O PSDB, a “direita da esquerda”, é a boca de funil para onde converge o que possa restar de direitismo hipotético nesses outros partidos. Tal como o PT, esse partido nasceu na USP, e sua única função no conjunto da estratégia comunista uspiana é impedir que os descontentes com o PT acabem se aglutinando numa direita genuína.

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A mão de Stálin está sobre nós

A mão de Stálin está sobre nós

Olavo de Carvalho O Globo, 03 de agosto de 2002

Neste país há três e não mais de três correntes políticas organizadas: o socialismo fabiano que nos governa, o socialismo marxista e o velho nacional-esquerdismo janguista. O socialismo fabiano distingue-se do marxista porque forma quadros de elite para influenciar as coisas desde cima em vez de organizar movimentos de massa. Seu momento de glória veio com a administração keynesiana de Roosevelt, que, a pretexto de salvar o capitalismo, estrangulou a liberdade de mercado e criou uma burocracia estatal infestada de comunistas, só sendo salva do desastre pela eclosão da guerra. O think tank mundial do fabianismo é a London School of Economics, parteira da “terceira via”, uma proposta da década de 20, periodicamente requentada quando o socialismo revolucionário entra em crise e é preciso passar o trabalho pesado, temporariamente, para a mão direita da esquerda. No poder, os fabianos dão uma maquiada na economia capitalista enquanto fomentam por canais aparentemente neutros a disseminação de idéias socialistas, promovem a intromissão da burocracia em todos os setores da vida (não necessariamente os econômicos) e subsidiam a recuperação do socialismo revolucionário. Quando este está de novo pronto para a briga, eles saem de cena envergando o rótulo de “direitistas”, que lhes permitirá um eventual retorno ao poder como salvadores da pátria se os capitalistas voltarem a achar que precisam deles para deter a ascensão do marxismo revolucionário. Então novamente eles fingirão salvar a pátria enquanto salvam, por baixo do pano, o socialismo. Desde seus fundadores, Sidney e Beatrice Webb, o fabianismo nunca passou de um instrumento auxiliar da revolução marxista, incumbido de ganhar respeitabilidade nos círculos burgueses para destruir o capitalismo desde dentro. Os conservadores ingleses diziam isso e eram ridicularizados pela mídia, mas a abertura dos Arquivos de Moscou provou que o mais famoso livro do casal não foi escrito pelo marido nem pela esposa, mas veio pronto do governo soviético. A articulação dos dois socialismos era chamada por Stalin de “estratégia das tesouras”: consiste em fazer com que a ala aparentemente inofensiva do movimento apareça como única alternativa à revolução marxista, ocupando o espaço da direita de modo que esta, picotada entre duas lâminas, acabe por desaparecer. A oposição tradicional de direita e esquerda é então substituída pela divisão interna da esquerda, de modo que a completa homogeneinização socialista da opinião pública é obtida sem nenhuma ruptura aparente da normalidade. A discussão da esquerda com a própria esquerda, sendo a única que resta, torna-se um simulacro verossímil da competição democrática e é exibida como prova de que tudo está na mais perfeita ordem. No governo, nossos fabianos seguiram sua receita de praxe: administraram o capitalismo como se fossem capitalistas, ao mesmo tempo que espalhavam a doutrinação marxista nas escolas, demoliam as Forças Armadas, instituíam novas regras de moralidade pública inspiradas no marxismo cultural da Escola de Frankfurt, neutralizavam por meio da difamação midiática as lideranças direitistas, criavam um aparato de repressão fiscal destinado a colocar praticamente fora da lei a atividade capitalista e, last not least, subsidiavam com dinheiro público o crescimento do MST, a maior organização revolucionária que já existiu na América Latina. Em suma: fingiam cuidar da saúde do capitalismo enquanto destruíam suas bases políticas, ideológicas, culturais, morais, administrativas e militares, deixando o leito preparado para o advento do socialismo. Fizeram tudo isso sob o aplauso de uma classe capitalista idiota, incapaz de enxergar no capitalismo nada além da sua superfície econômica e ignorante de tudo o que é preciso para sustentá-la. Agora podem ir para casa, seguros de ter um lugar ao sol no socialismo, se ele vier amanhã, assim como no capitalismo, se ele durar mais um pouco. Se o socialismo marxista tinha sua encarnação oficial no Estado soviético, enquanto o fabianismo era o braço “light” da estratégia stalinista, o nacional-esquerdismo que brotou na década de 30 também foi substancialmente uma invenção de Stalin. A grande especialidade de “tio Josef” era justamente o problema das nacionalidades, ao qual ele dedicou um livro que se tornou clássico. Foi ele que criou a estratégia de fomentar ambições nacionalistas, quando podia usá-las contra as potências ocidentais, ou freá-las, quando se opunham ao “internacionalismo proletário”. É verdade que falhou em aplicá-la com os nazistas, que se voltaram contra a URSS, mas obteve sucesso nas nações atrasadas, onde xenófobos de todos os naipes — getulistas, nasseristas, peronistas, africanistas e aiatolás variados — acabaram se integrando nas tropas da revolução mundial, varrendo suas divergências ideológicas para baixo do tapete e transmitindo uma impressão de unidade a seus adeptos nos países ricos (donde o milagre de feministas e gays marcharem contra os EUA ao lado de machistas islâmicos). A multidão dos nacionalistas revoltados dá um reforço externo à estratégia das tesouras, seja como massa de manobra ou, quando fardada, como arma de guerra. Stalin foi o maior estrategista revolucionário de todos os tempos. Os efeitos de sua ação criadora chegaram às terras tupiniquins e ainda estão entre nós.Todo o panorama político nacional está hoje montado segundo o esquema delineado por ele nos anos 30. Mas, dos poucos que têm envergadura intelectual para enxergar isso, quantos têm interesse de discuti-lo em público?

fonte : http://www.olavodecarvalho.org/semana/08032002globo.htm

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Melhores momentos: Danilo Gentili ao vivo em Brasilia

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SOBRE AS PRIVATIZAÇÕES

Em anos de eleição presidencial, um triste hábito acomete o Brasil: aparentemente, a inteligência nacional, cansada, resolve ir passear por outras bandas, e assuntos que teriam grandes dificuldades em ser levados a sério até mesmo por aborígenes, aqui adquirem um ar de imerecida respeitabilidade, e são debatidos a sério não só por partidos políticos, mas também por intelectuais em colunas de jornal e em mesas redondas.

Nas eleições de 2006, a moda era reestatizar a mineradora Vale (então chamada Vale do Rio Doce).  Mais ainda: foi proibida qualquer alusão à necessária desestatização da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.  A Eletrobrás, então, nem foi mencionada.  O candidato da “oposição” se viu forçado a sair vestindo camisetas de estatais a fim de confirmar sua inabalável fé no estado, numa das cenas mais patéticas da nossa história eleitoral.

(Em tempo: em 2007, último ano de calmaria econômica e de preços recordes do barril de petróleo, bem maiores que os de 2006, a Petrobras teve uma queda de 17% no lucro em relação a 2006.  Das dez principais empresas de petróleo do mundo, apenas quatro não apresentaram crescimento do lucro: Petrobras, Pemex (México), PDVSA (Venezuela) e Gazprom (Rússia), todas elas estatais)

Quase quatro anos depois, o barulho das passadas dos dinossauros já é ouvido com ainda mais intensidade.  O atraso da vez envolve a reativação da nada saudosa Telebrás, além da quase já confirmada criação da Febrasa, estatal de fertilizantes.

Os governistas podem dizer que a ameaça de reestatização da Vale foi apenas bravata eleitoreira, apenas um balão de ensaio que foi levantado sem maiores perspectivas, o mesmo sendo válido para a Telebrás.  Pode ser.  Mas sempre há outras intenções mais insidiosas.  O fato é que medidas desse tipo servem apenas para deslocar o fiel da balança cada vez mais para o campo estatizante, limitando cada vez mais a amplitude do debate aceitável, restringindo-o totalmente ao campo antimercado.  Se nas eleições de 1989 falava-se com naturalidade na privatização de várias estatais e na redução do estado, nas de hoje o candidato que não jurar de pé junto que não vai vender uma única ação ordinária de alguns desses mamutes irá raivosamente ganhar a pecha de privatista insano, estando automaticamente excluído dos “debates sérios”.

Mas por que isso aconteceu?  Como as coisas regrediram a esse ponto?  De um lado, a explicação é fácil: privatizações causam pânico naqueles aspones que ganham salários astronômicos para não fazer… bem, para ser um aspone.  Como estão ali por indicação política, uma vez que estatais são notórios cabides de emprego, é óbvio que um enxugamento dos quadros, a busca por lucros e a exigência de eficiência – medidas básicas adotadas por qualquer empresa privada que queira sobreviver – representa um perigo imediato para a boa vida desses indivíduos, que nunca estiveram acostumados a qualquer tipo de pressão.  Para evitar essa tragédia, eles acionam seus sindicatos – outra categoria repleta de aspones -, organizações poderosas, temidas e de forte peso eleitoral.  Poucos têm a coragem de peitá-los.

Outra explicação, também fácil, envolve a falta de intimidade da população com assuntos econômicos.  O discurso nacionalista sobre “entrega das riquezas nacionais”, “espoliação do patrimônio nacional”, “o petróleo é nosso”, “o minério é nosso”, “a telefonia é nossa”, “as filas de banco são nossas”, tudo isso tem forte apelo popular sobre as massas mais despreparadas (nacionalismo e ignorância andam juntos).  Dizer que o petróleo é nosso e que sua desestatização nos privaria de um produto estratégico, essencial, barato e de qualidade, é algo extremamente fácil e eficaz, que não exige mais do que dez segundos de propaganda televisiva.  Porém, explicar que isso é mentira e que a desestatização e a livre concorrência – em qualquer setor – geram produtos de melhor qualidade e preços mais baixos é algo que exige mais didática, mais preparo e mais paciência.  E principalmente: exige uma platéia atenta e genuinamente interessada em aprender.  Temos isso em maioria democrática no país?  Pois é.

Porém, há também uma terceira explicação para o ressurgimento dessas ideias jurássicas, as quais incrivelmente têm uma boa penetração entre as massas mais cultas e que não necessariamente estão encasteladas em estatais ou trabalhando para o governo: o modelo de privatização adotado no Brasil foi péssimo – algo óbvio, aliás, pois o processo foi conduzido pelo estado.

O que foi privatizado

Antes, é preciso desmistificar algumas coisas.  O consenso (quase) geral é que o governo Fernando Henrique foi o que mais privatizou, o que mais tirou o estado da economia, o que mais desregulamentou, e patacoadas afins.  Mentira.  Qualquer análise básica e desapaixonada irá revelar que as privatizações feitas pelo governo federal no mandato do sociólogo foram ínfimas, embora tenham sido as de maior valor de venda.  Fernando Collor e até mesmo o ultranacionalista Itamar Franco privatizaram mais.  Confira:

Collor:

USIMINAS, CELMA (Cia. Eletromecânica), MAFER S.A., COSINOR (Cia. Siderúrgica do Nordeste), SBNP (Serviço de Navegação da Bacia do Prata), AFP (Aços Finos Piratini), Petroflex S.A., COPESUL (Cia. Petroquímica do Sul), CNA(Cia. Nacional de Álcalis), CST (Cia. Siderúrgica de Tubarão), FÓSFERTIL, GOIASFÉRTIL e Acesita.

Nota-se que as privatizações se concentraram no setor siderúrgico e petroquímico.

Itamar:

CSN, ULTRAFÉRTIL, COSIPA, AÇOMINAS, PQU (Petroquímica União), CARAÍBA (mineração), EMBRAER

Fernando Henrique:

ESCELSA (Espírito Santo Centrais Elétricas S.A.), Light (vendida para um consórcio no qual as estatais CEMIG e Électricité de France tinham participação majoritária), Companhia Vale do Rio Doce, Banco Meridional, Telebrás, GERASUL (Centrais Geradoras do Sul) e DATAMEC (Sistema de Processamento de Dados).

De todas essas privatizações, as melhores – no sentido de mais bem feitas – ocorreram nos governos Collor e Itamar, em que as siderúrgicas foram vendidas e o governo simplesmente se retirou da área, sem dar palpites nem impor regulamentações.  A privatização da EMBRAER foi quase toda correta, exceto pelo fato de ter havido recursos do BNDES.  No entanto, seu sucesso pós-privatização é inquestionável, o que deixa poucas margens de choradeira para a cômica turma de sempre.

Tão boas foram essas privatizações que hoje quase ninguém as contesta (exceto os suspeitos de sempre, linkados acima), uma vez que os benefícios trazidos para a economia do país foram amplos.

A encrenca começou no governo FHC.

Onde fizeram errado

Antes, vamos começar por onde fizeram certo.

A privatização da distribuidora de energia ESCELSA, a primeira do governo FHC, foi uma das que deram certo (talvez pelo fato de ter ocorrido antes da criação da ANEEL).  De acordo com a Wikipédia, desde 2005 “os clientes de todas as categorias de consumo [estão] livres para escolher o fornecedor de energia elétrica que lhe convier, por preço ou por qualidade do serviço e do atendimento.”  Se isso for verdade, sorte dos capixabas.

A privatização da GERASUL (na verdade, uma concessão de 30 anos), um dos poucos setores de geração de energia entregues à iniciativa privada, também foi outra que deu certo – tanto é que a região sul ficou isenta do apagão ocorrido em 2001, que ocorreu no resto do país por falta de investimentos em geração e distribuição de energia.

Foi com a privatização da Vale que a coisa começou a degringolar.  Ao invés de sair completamente do setor e deixar a mineradora em mãos totalmente privadas, livre de influências políticas e buscando livremente o lucro, a venda foi feita com amplos recursos do BNDES e com a participação de fundos de pensão de estatais.  Hoje, o governo federal, por meio do BNDES Participações, dos fundos de previdência de suas estatais e de sua participação direta, pode influenciar em 41% do capital votante.  Juntas, a Previ, a Funcef e a Petros (fundos de pensão do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobras, respectivamente) detêm 49% do controle.  O Bradesco só tem 21%.

Ainda assim, essa retirada do governo do controle principal foi suficiente para modernizar e dar eficiência à Vale.  O número de empregados pulou de 11 mil em 1997 para os mais de 52 mil atuais.  O ganho de eficiência e o aumento da lucratividade foram tão grandes, que os setores mais jurássicos do governo estão famintos por reestatizá-la, de olho nas mamatas e no poder de barganha que a gigante poderia propiciar a eles e a seus apadrinhados (sendo essa a função precípua de toda estatal).

Embora seu processo de privatização seja questionado, com denúncias de corrupção e favorecimento (óbvias, pois foi um processo conduzido pelo estado), não se pode dizer que sua privatização gerou insatisfação popular.  Nem os mais atrasados ousam dizer que o país ficou pior com a Vale privatizada.  O único defeito da privatização da Vale foi que ela não foi desestatizada por completo, uma vez que o estado ainda detém grande participação, direta (BNDES) e indiretamente (fundos de pensão).

A privatização de estradas (na verdade, concessão) foi discutida com mais detalhes aqui, por isso não vamos abordá-la nesse artigo.

É nos serviços de utilidade pública (telefonia e setor elétrico, principalmente na área de distribuição) que a privatização gerou mais insatisfações.  Pudera: essas foram as áreas nas quais o governo sequer diminuiu sua participação, como aconteceu com a Vale.  Ele simplesmente concedeu um monopólio – contratualmente garantido – a empresas privadas, todas elas com boas conexões políticas, e blindou-as – por meio de suas agências reguladoras – contra todo tipo de concorrência.  Qualquer pessoa com o mínimo conhecimento de teoria econômica pode intuir que, nesse cenário, é improvável haver, simultaneamente, uma melhoria e um barateamento dos serviços.

Defensores do modelo de concessão adotado argumentam que, por se tratar de monopólios naturais, o governo não pode se retirar desses setores, pois é impossível haver um genuíno livre mercado em atividades econômicas que constituem monopólios naturais.  Logo, ao governo caberia a função de regular preços e impor metas, sendo que esse arranjo – garantem os especialistas – é o que mais satisfação trará aos consumidores.

Um monopólio natural, apenas para esclarecer, é aquele setor considerado fundamental para o bem-estar e para a vida econômica e social de uma sociedade, e cujas principais características são: apresentar significativas “externalidades” (uma transação qualquer feita entre dois indivíduos irá afetar terceiros, positiva ou negativamente), exigir investimentos vultosos e de longo prazo de maturação, específicos para cada atividade – o que significa que, em teoria, esses investimentos não são “recuperáveis”, pelo menos no curto prazo.

Assim, os principais monopólios naturais, sempre de acordo com a teoria neoclássica, seriam: fornecimento de energia elétrica, de telefonia fixa de curta distância, de gás encanado, de água tratada e saneamento básico (esgoto), de metrô e algumas ferrovias.

De acordo com a Wikipédia:

O monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos necessários são muitos elevados e os custos marginais são muito baixos. Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade.

Esses mercados são geralmente regulamentados pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam melhor quando bem protegidos [embora não haja um único exemplo prático que confirme isso].

Olhando-se a definição acima, e vendo o que foi feito no Brasil, torna-se óbvio que, nesses setores, não houve o estabelecimento de um genuíno livre mercado, onde há livre concorrência e bons serviços.  Se por ‘privatização’ entendermos a venda de uma empresa ou instituição do setor público para o setor privado, em alguns casos houve apenas um aluguel (concessão temporária), como nos casos do setor elétrico, das estradas e do sistema de saneamento básico (este, feito por alguns governos estaduais).

Porém, ainda assim é possível haver uma privatização genuína (a venda completa de uma empresa estatal) e os serviços continuarem ruins.  Foi o que aconteceu com as telecomunicações.  O governo vendeu completamente sua empresa que atuava no setor – a Telebrás -, porém de modo algum saiu da área por completo (conhece a ANATEL?).  É por isso que, ao invés de defender privatização, o certo seria defender a desestatização, que significa a retirada completa do estado e de todas as suas regulamentações.  Nada de agências reguladoras para cartelizar o mercado e proibir a concorrência.

É perfeitamente possível privatizar e piorar.  Porém, é improvável desestatizar e não melhorar.

A privatização da Telebrás

Mas isso significa que a privatização (não a desestatização) da telefonia foi ruim?  Muito pelo contrário.  A gestão estatal era tão ruim, que a simples entrega ao setor privado foi suficiente para provocar uma expansão e uma universalização do acesso que pareceram milagrosas – para nós, é claro, pois no mundo desenvolvido, já àquela época, um pobre via um telefone como um artigo tão básico quanto um papel higiênico; para os pobres daqui, porém, um telefone era tão inacessível quanto um jantar no Fasano.  Uma linha fixa não saía por menos de 2 mil reais a preços de hoje, demorava entre 1 e 2 anos para ser instalada e tinha de ser declarada como um valioso ativo no imposto de renda.  Em alguns lugares, a linha telefônica chegou a custar 10 mil dólares no mercado paralelo.  Hoje, devido à grande oferta, uma linha telefônica virou um serviço, e não possui nenhum valor em si.  A instalação demora menos de 48 horas.

Ademais, em 1998, ano da privatização, havia apenas 24 milhões de linhas fixas e móveis.  Hoje, esse número já está chegando aos 220 milhões.  É comum ver até catadores de papel com celular.

O percentual de domicílios com linhas telefônicas – fixas ou móveis – pulou de 32% para quase 80%, de 1998 até hoje.

Em termos de tarifas de ligação, as de longa distância, e principalmente as internacionais, caíram, e muito.  Antes da privatização, o minuto de uma ligação entre São Paulo e Nova York custava 2,40 dólares.  Hoje, está por volta de US$ 0,20 – um décimo do valor antigo.  Isso ocorreu justamente porque, para chamadas de longa distância, há mais de uma operadora disputando clientes.  E concorrência gera redução de preços.

Porém, para as chamadas locais, a concorrência foi proibida.  Telefônica e Oi são monopolistas, detendo mais de 95% do mercado de telefonia fixa em suas áreas de atuação, com a GVT correndo por fora.

Toda a insatisfação vem dessa ausência de concorrência, estimulada pelo estado.

As privatizações no Reino Unido

As privatizações ocorridas nas décadas de 1980 e 90 no Reino Unido valem tanto para desmentir parte da teoria dos monopólios naturais, quanto para servir de comparação com o que foi feito no Brasil, dado que o envolvimento do estado nos “setores estratégicos” da economia britânica era muito semelhante àquele que ocorria no Brasil.

O programa de privatização de serviços públicos adotado no Reino Unido foi o mais extenso da história.  Começou em 1983 com a British Telecom, continuou em 1986 com a British Gas, passando para a British Airways em 1987, avançando sobre o sistema de água e de tratamento em 1989, de geração e distribuição de eletricidade em 1990-91 e terminando com o sistema ferroviário em 1994.

As privatizações do sistema de gás, de eletricidade e de telecomunicações foram um sucesso total, reconhecido inclusive pelos detratores da primeira-ministra Margaret Thatcher.

No setor telefônico, existe sim uma agência reguladora, porém a British Telecom teve liberdade para expandir seus serviços para setores menos regulados, como os de banda larga e de serviços específicos feitos sob encomenda (sim, lá existe isso).  É daí que a empresa obtém seus maiores lucros, os quais possibilitam maiores investimentos e, consequentemente, possibilitam à empresa oferecer serviços decentes aos britânicos.

O mercado de gás também possui uma agência reguladora, porém foi aberto à concorrência em 1996.

Na privatização do setor de energia elétrica, o governo aboliu o Departamento de Energia, que equivale ao nosso Ministério das Minas e Energia.  O que foi mais importante: não foi adotado qualquer tipo de controle de preços.

Em particular, com a eletricidade houve um episódio cômico: logo após a privatização, foi fixado um nível de tributos sobre as empresas, nível esse que foi considerado bastante razoável à época.  Porém, o aumento da produtividade foi tão grande – porque quando estatais elas eram totalmente ineficientes -, que os lucros dispararam, tornando esses tributos ridículos.  Isso estimulou Tony Blair a fazer discurso eleitoreiro prometendo extrair mais impostos das empresas, sem perceber que, ao agir assim, ele estava aplaudindo o governo do Partido Conservador, cuja privatização levou uma inesperadamente grande eficiência a um mamute.

Em 2008, sob o governo Gordon Brown, dominado pelo politicamente correto, foi criado um Departamento de Energia e Mudança Climática.  Os efeitos dele sobre o setor ainda estão em aberto.

Já a privatização do setor ferroviário foi inicialmente insatisfatória justamente pelos motivos previsíveis: o monopólio foi mantido, sendo apenas transferido do estado para uma empresa privada.  (Eis um bom artigo sobre isso).  Hoje, ao que tudo indica, o sistema já se adaptou e funciona bem, com mais concorrência.  (Pelo menos foi a impressão que eu tive em uma viagem entre Cambridge e Edimburgo).

Por fim, a privatização dos serviços de fornecimento de água foi a mais insatisfatória de todas.  De acordo com os livros-texto, esse setor é o que mais se aproxima do conceito de “monopólio natural”.  A infraestrutura requerida é cara e altamente especializada.  Qualquer duplicação feita por potenciais concorrentes seria proibitiva, embora possível.  Consequentemente, e sempre de acordo com a teoria neoclássica, essa é uma área da qual não se deve esperar qualquer tipo de concorrência que mantenha preços razoáveis e bons serviços.

Logo, qual foi a solução britânica?  Estabelecer a mais poderosa das agências reguladoras, a Office of Water Services (OFWAT), cuja medida, para não desapontar, foi estabelecer controle de preços e impor punições baseadas em performances relativas para as 25 empresas que atuam no setor, todas em lugares distintos.  E qual é a maior reclamação dos britânicos?  Ora, os preços altos, justamente aquilo que é controlado com mais rigor pela OFWAT.

Portanto, no Reino Unido, as privatizações de gás, eletricidade e telecomunicação – essas duas últimas as mais problemáticas aqui – foram um sucesso, justamente porque se afastaram um pouco do nosso modelo.  As de ferrovias e principalmente do sistema de água foram as mais insatisfatórias, justamente por terem sido as que mais se aproximaram do nosso modelo.

No próximo artigo vamos debater os problemas econômicos intrínsecos desse modelo de regulação adotado, os efeitos que ele gera e por que isso acontece, e ver como deve ser feita uma genuína desestatização.

fonte :http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=637

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marcelo madureira

“O pior desde oito anos do governo lula foi transformar a política definitivamente numa coisa de chacota, e impressionante como a política foi desmoralizada acho incrível pq na minha opinião a política ea mais nobre atividade do ser humano, e impressionante como atrai vagabundo picareta e tal.

A começar pelo presidente da republica que não vale nada ,olha eu quero dizer uma coisa aqui vai demorar gerações para que o Brasil desfaça o mal que o lula fez a sociedade brasileira , a nossa juventude aos valores isso vai demorar gerações pra acabar com isso, e serio isso eu quero desmistificar este picareta que esta na presidência da republica infelizmente eu tenho que falar isso.”

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Máfia gramsciana

Máfia gramsciana

Olavo de Carvalho

A cada dia que passa, mais o chamado “debate cultural” brasileiro se reduz a mero debate eleitoral, tudo rebaixando ao nível dos slogans e estereótipos e, pior ainda, induzindo as novas gerações a crer que a paixão ideológica é uma forma legítima de atividade intelectual e uma expressão superior dos sentimentos morais.

Tão grave é esse estado de coisas, tão temíveis os desenvolvimentos que anuncia, que todos os responsáveis pela sua produção – a começar pelos fiéis seguidores da estratégia gramsciana, para a qual aquela redução é objetivo explicitamente desejado e buscado – deveriam ser expostos à execração pública como assassinos da inteligência e destruidores da alma brasileira.

Para Antonio Gramsci, a propaganda revolucionária é o único objetivo e justificação da inteligência humana. O “historicismo absoluto”, um marxismo fortemente impregnado de pragmatismo, reduz toda atividade cultural, artística e científica à expressão dos desejos coletivos de cada época, abolindo os cânones de avaliação objetiva dos conhecimentos e instaurando em lugar deles o critério da utilidade política e da oportunidade estratégica.

É idéia intrinsecamente monstruosa, que se torna tanto mais repugnante quanto mais se adorna do prestígio associado, nas mentes pueris, a palavras como “humanismo” ou “consenso democrático” (naturalmente esvaziadas de qualquer conteúdo identificável), bem como das insinuações de santidade ligadas à narrativa dos padecimentos de Antônio Gramsci na prisão, as quais dão ao gramscismo a tonalidade inconfundível de um culto pseudo-religioso.

Recentemente, um grande jornal de São Paulo, que se gaba de sempre “ouvir o outro lado”, consagrou a Antonio Gramsci todo um caderno, laudatório até à demência, que, sem uma só menção às críticas devastadoras feitas ao gramscismo por Roger Scruton, por Francisco Saenz ou – de dentro do próprio grêmio marxista – por Lucio Coletti, deixa no leitor a falsíssima impressão de que essa ideologia domina o pensamento mundial, quando a verdade é que ela tem aí um lugar muito modesto e até o Partido Comunista Italiano, com nome mudado, já não fala de seu fundador sem um certo constrangimento.

Que o jornalismo assim se reduza à propaganda, nada mais coerente com o espírito do gramscismo, o qual não busca se impor no terreno dos debates, do qual não poderia sair senão desmoralizado, e sim através da tática de “ocupação de espaços”, por meio da qual, excluídas gradualmente e quase sem dor as vozes discordantes, a doutrina que reste sozinha no picadeiro possa posar como resultado pacífico de um “consenso democrático”.

Com a maior cara-de-pau os adeptos dessa corrente atribuirão a um mórbido direitismo esta minha denúncia, sem ter em conta aquilo que meus leitores habituais sabem perfeitamente, isto é, que eu denunciaria com o mesmo vigor qualquer ideologia direitista que tentasse se impor mediante o uso de estratagemas tão sorrateiros e perversos.

Se no momento pouco digo contra a direita é porque sua expressão intelectual pública é quase nula, não por falta de porta-vozes qualificados, mas de espaço. Os liberais, banidos de qualquer debate moral, religioso ou estético-literário, recolheram-se ao gueto especializado das páginas de economia, o que muito favorece o lado adversário na medida em que deixa a impressão de que o liberalismo é a mais pobre e seca das filosofias. Quanto às correntes conservadoras que ainda subsistem, por exemplo católicas e evangélicas, sua exclusão foi tão radical e perfeita, que hoje a simples hipótese de que um conservador religioso possa ter algo a dizer no debate cultural já é objeto de chacota. Chacota, é claro, de ignorantes presunçosos, que, nunca tendo ouvido falar de Eric Voegelin, de Russel Kirk, de Malcom Muggeridge, de Reinhold Niebuhr ou de Eugen Rosenstock-Huessy, acreditam piamente que não pode existir vida inteligente fora de suas cabecinhas gramscianas, e provam assim ser eles próprios as primeiras vítimas da censura mental que impuseram a todo o País.

No campo intelectual, atacar a “direita”, hoje, seria mais que covardia: seria coonestar a farsa de que no Brasil existe um debate cultural normal, quando o que existe é apenas o mafioso apoio mútuo de gramscianos a gramscianos, que priva os brasileiros do acesso a idéias essenciais e ainda tem o cinismo de posar de democrático.

fonte : http://www.olavodecarvalho.org/semana/991125jt.htm

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The Price of Freedom is Death

The Price of Freedom is Death
O preço da liberdade ea morte



Parafaseando malcom x
Se você implora por liberdade você nunca será livre ,liberdade e algo que você tem que conquistar .Se o povo não mostrar que esta disposto a pagar o preço da liberdade nosso povo continuara sendo escravo no século XXI.
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